EM 08/06/2018 AS 20:21

Educação Financeira será obrigatória nas escolas

Uma criança que recebe lições sobre consumo, dinheiro e orçamentos terá mais facilidade de se tornar um adulto capaz de controlar seus gastos e administrar com eficiência sua independência financeira.

É por isso que a Educação Financeira passa a ser obrigatória no ensino fundamental a partir do próximo ano letivo, segundo documento elaborado pelo Banco Central e homologado pela Base Nacional Comum Curricular.

O tema deverá ser abordado principalmente nas disciplinas de Matemática e Ciências da Natureza, mas cada estado e município decide como a Educação Financeira entrará na grade da escola.


Novo assunto na escola

A proposta é que o tema esteja presente dentro das matérias já tradicionais. Em Língua Portuguesa, por exemplo, vai ter leitura e interpretação de boletos, faturas e carnês. A área que abordará de maneira mais tradicional será a Matemática, estudando termos da economia em geral, como taxa de juros, investimento, impostos. São palavras sobre a economia que muitas pessoas não conhecem e nem sabem o que significa. O objetivo é que o jovem, quando iniciam sua vida financeira já esteja familiarizado com, pelos menos, os termos básicos.


Projeto futuro

O Banco Central destaca que o ano letivo de 2018 servirá para uma discussão de como implementar na base do regime de educação. Até o fim do ano, espera-se que a maioria dos currículos esteja devidamente atualizados e aprovados para que a partir de 2019, chegue, de fato, à sala de aula.

Para que serve o dinheiro

O objetivo de inserir a Educação Financeira na grade curricular das escolas é mostrar para as crianças para que serve o dinheiro, de onde vem, o que acontece se guardar. Mostrar o caminho do dinheiro ajuda a estabelecer limites e a faz as crianças enxergarem que é finito.


O processo deve ser feito de forma gradativa, de acordo com a idade e a medida que avança na educação tradicional da escola. É importante que as crianças aprendam por meio da observação e que trabalhar esses conceitos tanto na escola como em casa, com auxílio dos pais, é essencial.

Jogos de tabuleiro já ajudam nessa tarefa

A educação financeira das crianças é tratada de maneira lúdica numa série de jogos de tabuleiro. Eles são excelentes instrumentos de educação, mas os pais devem jogar com as crianças de vez em quando para tirar dúvidas e explicar as situações vividas no jogo. Confira algumas opções disponíveis no mercado:

Jogo da Mesada (Estrela)

Neste jogo, as crianças aprendem a lidar com o dinheiro combinando gastos e empréstimos com o recebimento da mesada. Vence quem chegar no final do mês (tabuleiro) com mais dinheiro. O jogo é destinado a crianças a partir de 8 anos

Administrando o seu Dinheiro (Pais e Filhos)

Com moedas e cédulas, o jogo simula diversas situações em que é necessário administrar o orçamento. É destinado a crianças com 8 anos ou mais.

Jogo da Vida (Estrela)

A versão atualizada do tradicional Jogo da Vida agora permite a realização de operações com cartões de crédito e débito. É voltado para crianças a partir de 8 anos.

Banco Imobiliário (Estrela)

É um dos mais tradicionais jogos de tabuleiro do Brasil. Já ganhou diferentes versões. Mas na versão tradicional, o objetivo é comprar imóveis em bairros valorizados e acumular um grande número de propriedades. Destinado a crianças com 8 anos ou mais.

Monopoly Revolution (Hasbro)

É a versão mais atual do jogo de tabuleiro onde o objetivo é comprar e vender propriedades. É recomendado para crianças acima de 8 anos.

Monopoly Caixa Maluco (Hasbro)

Recomendado para crianças acima de 5 anos, traz uma máquina que imita um caixa eletrônico. O jogador precisa percorrer o tabuleiro e inserir o cartão na máquina de dinheiro para comprar suas propriedades.

Fonte: Correio Braziliense, Envolverde e Economia UOL


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